OLHOS

O vento voa nas palavras que respiro
Nas memórias que castigo nas solidões que trago.
Meus olhos azuis viris e sedentos
clamam visões de lábios raiados
de "carmezins" danados que nos levam no tempo.
Olhos que brilham nas perolas choradas
de um amor escondido apertado na garganta
que dói como o caraças como espinho encravado.
Olhos que a veem sorrindo e beijando
bailando no silêncio de palavras armadas de ternura 
o abraço que queria meu mas era do danado.
Olhos que olham a janela aberta e escura
á chuva e ao vento para não falar do frio
mas sem o vislumbre da sombra adorada sem sorriso.
Quantas vezes a chamei, quantas vezes supliquei
quantos sonhos escrevi nas sombras sem palavras saídas.
Olhos que se cruzam gaiteiros e devassos
deixando perfumes promessas e sorrisos.
Olhos que estacam nos dentes níveos
Olhos de duvidam...será?


Jorge d'Alte 

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