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OLHOS

O vento voa nas palavras que respiro Nas memórias que castigo nas solidões que trago. Meus olhos azuis viris e sedentos clamam visões de lábios raiados de "carmezins" danados que nos levam no tempo. Olhos que brilham nas perolas choradas de um amor escondido apertado na garganta que dói como o caraças como espinho encravado. Olhos que a veem sorrindo e beijando bailando no silêncio de palavras armadas de ternura  o abraço que queria meu mas era do danado. Olhos que olham a janela aberta e escura á chuva e ao vento para não falar do frio mas sem o vislumbre da sombra adorada sem sorriso. Quantas vezes a chamei, quantas vezes supliquei quantos sonhos escrevi nas sombras sem palavras saídas. Olhos que se cruzam gaiteiros e devassos deixando perfumes promessas e sorrisos. Olhos que estacam nos dentes níveos Olhos de duvidam...será? Jorge d'Alte 
 Noite escura para lá da porta meia aberta indecisa e macambuzia da cor do meu íntimo. Aberta que fora logo a lua me caia encima fulgurante nos laivos níveos tracejando o redor com sombras e sombrinhas que pareciam mudar como peles de camaleão. Parei na ponte sobre o rio morno que dividia a parte minha e a dos outros. Eu pertencia aos outros nos anos passados de pequenino e como a sombra que me perseguia cresci aventurei-me nas letras e nos números e agora sou eu com a parte minha mais o meu sonho de amor. Fora na meia adolescência que  como slide brusco a vi ali mesmo deitada na erva mansa rodeada de papoilas e com os pés mordiscados por minúsculos peixinhos que curiosos tinham vindo. O espelho calmo do rio espelhou o nosso beijo pequenino como mordiscar apressado e escondido na confusão de caracóis e tranças. Foi nesse dia que tudo começara com doçura afagada com sorrisos escondidos pelos lábios dados com olhar que nos cativou. Jorge d'Alte